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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

BOM FUNCIONAMENTO DO INTESTINO É ESSENCIAL PARA A SAÚDE

Bom funcionamento do intestino é essencial para a saúde




Alergias, artrites, dores de cabeça, problemas de pele, tumores - esses,
e vários outros problemas de saúde que afligem as pessoas na
nossa civilização industrializada estão relacionados ao mau
funcionamento do intestino



O intestino representa a terceira etapa que os alimentos ingeridos
nas refeições devem  atravessar em sua viagem dentro de nós.
Eles passam primeiramente pela boca, onde devem ser bem mastigados
e misturados à saliva, depois pelo estômago, onde acontece boa parte da
digestão, e finalmente por esse longo tubo onde a digestão se completa
– o intestino. Neles são absorvidos os nutrientes e aquilo que resta do bolo
 fecal é tornado semi-sólido para poder ser eliminado. Como consequência
desse processo, pelo menos três vezes ao dia transitam no intestino os
alimentos e as bebidas que consumimos nas refeições principais.



Na primeira metade do século 20, Sir Arbuthnot Lane, cirurgião do rei da
Inglaterra, especializou-se na amputação de trechos doentes do intestino
e em costurar as pontas que sobraram para fazer com que o órgão
recobrasse sua capacidade de funcionamento. Ele observou um curioso
fenômeno: alguns meses depois de passar por intervenções no cólon,
alguns pacientes se curavam de doenças que não tinham, aparentemente,
nenhuma ligação com o órgão operado. Entre eles, um rapaz sarou de uma
grave forma de artrite e uma mulher se curou completamente do bócio que
a fazia sofrer.

Essas e outras experiências convenceram o cirurgião Lane de que a
intoxicação intestinal – sobretudo a do cólon – podia contribuir para o
adoecimento de outras partes do organismo que pareciam não ter relação
com os intestinos.

Ainda hoje, a medicina oficial declara não ter descoberto a causa de muitas
doenças que afligem a humanidade, entre elas o câncer, tumores, doenças
autoimunes, vários problemas da pele (psoríase, etc.), alergias ambientais e
alergias e intolerâncias alimentares, as quais são cada vez mais numerosas.

Por que ainda não se descobriram as causas desses males? Segundo o
médico e escritor norte-americano Bernard Jensen, porque, ao examinar
casos de intoxicação orgânica, a medicina leva em consideração apenas
os venenos que podem chegar do meio externo (fungos, substâncias químicas,
gases, etc.) e não avalia aqueles que podem ser criados no intestino e se
difundir para o resto do organismo, prejudicando a boa saúde de outras áreas dele.
Essa falha é surpreendente.
Até poucos anos atrás, a limpeza intestinal era considerada muito importante,
e a purga mensal, bem como os periódicos enemas dos quais as pessoas mais
velhas certamente se recordarão, era um sinal evidente disso.

O intestino, com sua notável área de contato com os produtos da digestão
(cerca de 300 metros quadrados de superfície!), representa um dos
“órgãos” mais influentes do corpo. Ele executa importantes funções digestivas,
promove a absorção dos nutrientes e colabora com os rins, a pele e os
pulmões nos processos de eliminação de detritos.

As últimas partes do intestino – o cólon (ou intestino grosso) e o reto –
são certamente as mais relevantes. Nessas áreas, graças às enzimas e à flora
bacteriana, a digestão se completa e substâncias fundamentais são absorvidas:
a água, os aminoácidos (constituintes das proteínas) e muitos dos produtos
medicinais que usamos.

O que acontece quando as paredes do cólon não são sadias?
Acontece algo muito perigoso para a boa saúde: a mucosa se inflama
e perde sua impermeabilidade,ou seja, permite que substâncias tóxicas,
alguns parasitas e fragmentos de alimento não bem digeridos a atravessem
e entrem nos líquidos orgânicos (o sangue e a linfa).

Tais substâncias nocivas, difundindo-se no organismo inteiro, podem gerar
os sintomas mais diversos. A relação inclui enxaquecas e hemicranias
crônicas, alergias, acnes, psoríase e outras doenças da pele, distúrbios da
próstata, diverticulite, graves prisões de ventre, prolapsos intestinais, artrites,
reumatismos, problemas cardíacos, asma, problemas respiratórios, nódulos
das mamas, perda de vitalidade, cansaço, depressão, falta de concentração,
agressividade, ataques de pânico, infecção, inflamações, poliartrite, problemas
dos cabelos, parasitoses intestinais que produzem o bruxismo (ranger de
dentes noturno) e muitos outros distúrbios.

Examinemos algumas condições responsáveis por fazer do nosso intestino
o ponto inicial de tantas disfunções e doenças que, num primeiro momento,
ninguém iria associar a esse órgão. Fundamentalmente, até mesmo numa
pessoa sadia é possível se encontrar uma ou mais das seguintes anomalias:

1. Incrustações fecais
2. Disbiose intestinal
3. Síndrome do intestino irritável (SII)
4. Síndrome de hiperpermeabilidade intestinal
5. Glúten e doença celíaca



1. As incrustações fecais



“Metade das pessoas que declaram gozar de boa saúde carrega continuamente
dentro de si, desde a infância, vários quilos de substâncias que nunca foram
eliminadas”, afirma o professor médico Arnold Ehret. “Para essas pessoas,
uma boa evacuação ao dia não tem nenhum significado.”



Quando pensamos na farinha de trigo, sentimos gratidão, imaginando que com
ela se mata a fome da humanidade desde os primórdios da história. É preciso,
porém, deixar claro que a farinha usada nos tempos passados era integral, e as
donas de casa que tentaram fazer com ela massa para pão sabem muito bem
quanto é difícil trabalhá-la sem misturá-la com farinha branca normal.



Mas a farinha branca, infelizmente, apresenta um grave inconveniente,
perigoso e pouco conhecido: ela cola! Isso é fácil de verificar cozinhando a fogo
baixo farinha branca e água: cria-se uma cola tão boa que até hoje é usada para
encadernar livros antigos.



Com o passar dos anos, os alimentos que contêm farinha branca deixam uma
camada sobre as paredes do intestino, especialmente sobre a parte final deles,
o intestino grosso ou cólon. Essa pátina, acumulando-se mais e mais a cada dia,
pode se tornar tão espessa que no espaço central do intestino (o chamado lúmen)
fica difícil passar um lápis.



Uma das maiores causas dos problemas intestinais, especialmente os do cólon,
é essa pátina que, ao longo dos anos, se torna uma verdadeira incrustação,
parecida, nas palavras do doutor Jensen, aos pneus de um automóvel! Claro, essas incrustações não são as únicas responsáveis. A elas deve-se acrescentar a vida
sedentária, a poluição ambiental, o uso de medicamentos não naturais, uma
alimentação não balanceada, demasiado rica em açúcares, alimentos refinados
e aditivos químicos e, ao mesmo tempo, pobre de elementos importantes como
fibras, vitaminas e sais minerais.



A tudo isso é preciso acrescentar o estresse, que determina uma alteração
das paredes intestinais, provocando contrações excessivas ou insuficientes.
Essa condição não apenas causa um acúmulo de escórias e um aumento das
incrustações fecais antes descritas, mas também pode influenciar a flora bacteriana,
tornando mais lentos e menos eficazes os processos biológicos próprios do intestino.



2. A disbiose intestinal

No cólon existe uma notável flora intestinal, passível de modificações que a tornam
muito perigosa para a saúde. Quando a flora é equilibrada e útil ao organismo,
ocorre uma condição de saúde que tem o nome de eubiose. Ao contrário, quando
essa flora está desequilibrada (condição, infelizmente, muito difundida na atualidade),
toma o nome de disbiose, e suas consequências podem ser nefastas.

Uma alimentação pouco inteligente (muitos açúcares e proteínas, combinações
erradas de alimentos, pouca ou nenhuma mastigação), refeições ingeridas de modo
apressado e uso de laxantes, antiácidos, antibióticos, etc. criam um produto da
digestão (um “bolo”) rico de proteínas mal digeridas e outros elementos anômalos
que predispõem ao desenvolvimento de várias substâncias tóxicas e bactérias da
putrefação, ambas muito danosas. Tudo isso, infelizmente, contribui para o forte
aumento estatístico das patologias graves do cólon, como diverticulites, pólipos,
retocolites ulcerosas e tumores.



3. Síndrome do intestino irritável (SII)

A síndrome do intestino irritável é uma patologia que faz o intestino “espremer” o
alimento ingerido de modo excessivamente débil ou forte, fazendo com que o
trânsito desse alimento seja demasiado lento ou veloz.

Às vezes a SII é provocada pela ansiedade ou pelo estresse. No entanto, muitas
outras vezes, os testes que determinam a permeabilidade e a motilidade intestinal
revelam a presença de fungos, parasitas e/ou bactérias patogênicas. Os
micróbios mais comumente encontrados em situações do gênero são o Blastocystis
hominis e as várias espécies de cândida.

Se permitimos que a SII prossiga no tempo sem o devido tratamento, ela pode dar
origem a desordens muito sérias, como a infecção por cândida, a sensibilidade
química múltipla, a síndrome da fadiga crônica, muitas doenças autoimunes e até
mesmo o cancro..

Vale notar que raras vezes os tratamentos médicos conseguem eliminar a SII.
Para seu tratamento efetivo, são mais adequados os remédios naturais. Eles devem
ser dirigidos à remoção das causas, à melhora das funções gastrintestinais e à
cura da mucosa intestinal.



4. Síndrome de hiperpermeabilidade intestinal
Diversos problemas de saúde surgem por causa do mau funcionamento do intestino,
muitas vezes causado pelo estado precário de suas paredes, que perderam a
necessária impermeabilidade. Essa patologia é chamada de “perda de impermeabilidade
da mucosa intestinal”. Há fortes suspeitas de que essa perda é a causa básica de
várias patologias, entre as quais doença celíaca, infecção por cândida, doença de
Crohn, infestação por giárdias, eczema atópico, problemas digestivos, fadiga crônica,
alergias alimentares, intolerâncias alimentares, asma, dores de cabeça e artrite.

A patologia acontece quando, nas paredes do intestino, os espaços entre as células
se ampliam a ponto de possibilitar a passagem e a subsequente entrada de
substâncias tóxicas na corrente sanguínea. Essa condição anômala permite às
gorduras e aos dejetos que não puderam ser absorvidos (bactérias, fungos, parasitas
com suas toxinas, proteínas não digeridas) “gotejar para fora” e entrar na
corrente sanguínea.

Considerando-se a vasta superfície da mucosa intestinal e sua grande
capacidade de absorção, pode-se compreender quanto é importante que ela
permaneça perfeitamente impermeável, para evitar que as substâncias tóxicas
possam ser lançadas nos líquidos externos (sangue e linfa) e distribuídas no
corpo todo, criando múltiplas disfunções e doenças.

Dessa distribuição de venenos deriva uma série de distúrbios de caráter geral
que, à primeira vista, parecem não ter nenhuma relação com o intestino: dores
de cabeça, nervosismo, ansiedade, depressão, mau hálito, rinites, acne,
dermatites, eczemas, fadiga crônica, envelhecimento da pele, dores nas
articulações, artroses, etc. Essa invasão provoca também uma forte baixa
das defesas orgânicas, pois no intestino existem entre 100 e 200 “placas de
Peyer” (aglomerados de nódulos linfáticos localizados principalmente na mucosa
do íleo, que têm a mesma atividade das tonsilas: produzir substâncias que
protegem a mucosa contra a ação de micróbios), essenciais para a manutenção
do nosso potencial imunológico. Isso, obviamente, abre as portas a várias
alergias e intolerâncias alimentares.



5. Glúten e doença celíaca
O glúten é uma proteína que, infelizmente, está cada dia mais presente na nossa
alimentação. Ao contrário da crença comum que o associa sobretudo ao pão e ao
macarrão, o glúten existe também em vários outros cereais (trigo, cevada, farro,
centeio, sorgo) e, obviamente, em todos os seus derivados. Às vezes o glúten é
utilizado para tornar mais densos cremes e pudins, no presunto cozido e em
embutidos como salames, mortadelas, salsicha e inclusive em alguns
medicamentos.

Com o passar dos anos, especialistas em agricultura selecionaram cereais
com conteúdo cada vez maior de glúten. Do farro com pouquíssimo glúten, como
aquele usado na Europa na época dos antigos romanos, passou-se ao trigo,
que contém muito glúten.

A grande utilização atual do glúten advém do fato de que essa substância
torna as massas mais macias e elásticas – uma grande vantagem na panificação,
pois assim o pão fica mole e não se esfarela quando cortado em fatias.

Arroz, milho e trigo-sarraceno não contêm glúten. Ainda não foi bem definida a sua
quantidade na aveia e no cereal quinua. Mas o seitan (produto de linha macrobiótica)
contém 100% de glúten!

Esse é o motivo pelo qual se prescreve uma “dieta branca” aos que sofrem
de gastrenterites, de doenças do aparelho digestivo ou de fenômenos de
infecção generalizada. Essa dieta se baseia em arroz cozido e água de
arroz.

São relativamente comuns as alergias ao glúten, nas quais a resposta imunológica
é similar àquela que acontece nas demais doenças alérgicas de origem alimentar,
com o aparecimento de vários sintomas. Às vezes essas alergias podem
desembocar numa moléstia autoimune extremamente grave, a doença celíaca.
Nessa patologia, o sistema imunológico cria anticorpos contra o glúten e pode
destruir as vilosidades intestinais e/ou gerar caquexia (estado de magreza extrema),
e inclusive levar à morte.



O que podemos fazer?
Os laxantes – infelizmente hoje bastante usados – constituem apenas um
benefício momentâneo. A longo prazo, eles tendem a danificar a mucosa intestinal.
Para limpar o intestino de forma radical, pode-se fazer algumas sessões (no máximo
quatro ou cinco) de lavagens intestinais (hidrocolonterapia) e outros tratamentos
ainda mais completos. Mas eles exigem acompanhamento médico.

Para manter limpo o intestino, convém retomar o velho, sábio e salutar hábito de
tomar um purgante uma vez ao mês e quando se volta das férias.

Um dos primeiros sinais de que nosso intestino está carregado de impurezas é o
aparecimento de cravos, espinhas, furúnculos e outras inflamações na pele.

Se procurarmos eliminar essas inflamações com o uso de pomadas, corremos o
risco de bloquear essa “descarga” e fazer com que o corpo acumule as impurezas
em algum outro órgão ainda mais importante do que a pele. Criam-se assim os
pressupostos para problemas bem mais graves.



Dieta para sair da encrenca
Uma alimentação correta e saudável é fundamental para corrigir patologias intestinais
e manter esse órgão em equilíbrio. A dieta abaixo pode ajudar na recuperação da
eubiose intestinal.

CAFÉ DA MANHÃ: Fruta fresca da estação. Uma maçã, alguns figos ou ameixas
secas, colocadas de molho num pouco d’água na noite anterior. Beber muita água.
Iogurte e coalhada naturais. Evitar os alimentos em que haja mistura de farinhas e
açúcar, pois ela acidifica o organismo.

ALMOÇO: Comer apenas um prato; melhor arroz do que macarrão e pão branco;
verduras e legumes crus à vontade. Algumas azeitonas pretas.

JANTAR: Comer apenas um prato, sempre com verdura crua. Alternar: frango,
peixe, ovos, queijos de cabra ou ovelha, iogurte ou coalhada. Melhor evitar carnes
vermelhas. Atenção aos alimentos à base de soja, pois quase sempre fazem
parte dos organismos geneticamente modificados (OGMs).

FRUTAS: Melhor quando estão maduras e da estação, mas sempre longe das
refeições principais.

DOCES: Reduzir ao máximo; devem ser evitados depois das refeições.

ELIMINAR: Café com leite, leite e laticínios de vaca. Salames, mortadelas,
embutidos e laticínios de vaca. Carnes vermelhas. Bebidas com gás, sucos
de fruta conservados. Pão branco e mole; melhor o pão integral, ou biscoitos
integrais de boa marca.



*Texto retirado de:

http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/438/artigo128928-1.htm http://www.curapelanatureza.com.br/2009/03/intestino-sete-metros-de-encrenca